A leitura das Escrituras de hoje (1 Coríntios 10-11) aborda mais uma vez questões de pureza levantadas em uma carta da igreja de Corinto a Paulo (1 Coríntios 7:1). Os crentes de Corinto buscavam aprender as leis sobre sexualidade entre homens e mulheres, casamento, divórcio e novo casamento (1 Coríntios 7).
1 Coríntios 8 focou na questão de saber se os crentes tinham a liberdade de comer “coisas oferecidas a ídolos” (8:1-8). Paulo advertiu que a questão não era uma questão de liberdade, mas de amor fraternal. Ele os ordenou a não fazer nada que ofendesse a consciência de outros crentes (8:9-13).
No capítulo 9, Paulo defendeu seus direitos como apóstolo (1 Coríntios 9:1-14), embora tenha escolhido renunciar à sua “recompensa” como pregador do Evangelho (1 Coríntios 9:15-23). 1 Coríntios 9 concluiu com Paulo convocando os crentes a viverem vidas espiritualmente disciplinadas, seguindo o exemplo de um corredor que disciplina seu corpo em preparação para uma corrida (1 Coríntios 9:24-26a). Ele finalizou seu desafio fazendo uma analogia da vida espiritual com as disciplinas de um boxeador se preparando para uma luta (1 Coríntios 9:26b).
Paulo afirmou as liberdades que os crentes têm em Cristo e os desafiou com seu exemplo, escrevendo: “27Mas eu disciplino [disciplinar; treinar] meu corpo, e o coloco em sujeição [escravizar; dominar seus desejos]: para que de alguma maneira, quando eu tiver pregado a outros, eu mesmo não venha a ser reprovado [um naufrágio espiritual]” (1 Coríntios 9:27).
O fluxo da carta de Paulo é interrompido com uma divisão de capítulo; no entanto, a palavra “Além disso” continua a exortação do apóstolo aos crentes que não querem se tornar um “naufrágio” espiritual (1 Coríntios 10:1). Com o pano de fundo do desafio de Paulo aos crentes para seguir as disciplinas físicas de um atleta, ele advertiu os crentes a não “serem ignorantes” (ou seja, presunçosos, 1 Coríntios 10:1-4).
Paulo lembrou os crentes como Deus libertou os filhos de Israel da escravidão. Ele protegeu seus pais “sob a nuvem” durante o dia, e “todos passaram pelo mar” que Ele dividiu para que Seu povo encontrasse segurança no deserto” (Êxodo 13:21; 14:16-19).
Os filhos de Israel se identificaram com Moisés e a aliança de Deus e foram alimentados com maná diário (1 Coríntios 10:3; João 6:35, 48). Quando tiveram sede, beberam “a mesma bebida espiritual…aquela Rocha espiritual…que era Cristo” (1 Coríntios 10:4). No entanto, nem todo Israel era crente. Apenas dois (Josué e Calebe) que saíram do Egito viveram para cruzar o Jordão em direção à Terra Prometida (1 Coríntios 10:5).
A resposta a essa pergunta começa no versículo 6 e é instrutiva para os crentes do século 21. Paulo escreveu: “Agora, estas coisas foram exemplos para nós, para que não cobicemos coisas más, como eles também cobiçaram” (1 Coríntios 10:6). Em outras palavras, aquelas coisas registradas no Antigo Testamento são relevantes para cada geração de crentes. Os desejos e anseios pecaminosos que Israel teve no deserto e as consequências que lhes sobrevieram serviram como um aviso para todos os crentes. Embora livres da escravidão egípcia, os filhos de Israel falharam em disciplinar seus corpos em relação aos desejos pecaminosos e desobedeceram à Lei e aos Mandamentos de Deus (1 Coríntios 10:6).
Paulo identificou quatro pecados que Israel cometeu no deserto: Idolatria (1 Coríntios 10:7), Fornicação (1 Coríntios 10:8), Provocar (ou seja, provocar o Senhor à ira (1 Coríntios 10:9), e Queixas (ou seja, reclamações, 1 Coríntios 10:10).
Assim como Israel foi libertado do Egito, os crentes de Corinto foram salvos dos pecados de Corinto. Paulo os desafiou: “Nem sejais idólatras, como foram alguns deles [filhos de Israel]; como está escrito, O povo assentou-se para comer e beber, e levantou-se para brincar” (1 Coríntios 10:7; Êxodo 32:1-6). Os filhos de Israel adoraram e ofereceram sacrifícios ao bezerro de ouro que Arão fez. Então comeram e beberam de seus sacrifícios e “levantaram-se para brincar” (provavelmente descritivo de conduta imoral, 1 Coríntios 10:8).
Paulo explicou que as consequências do pecado que Israel sofreu serviram como um aviso para cada geração de crentes. Paulo advertiu: “Agora, todas essas coisas [os milhares mortos no julgamento de Deus] aconteceram a eles (Números 16:32-35; 21; 25:2-9) como exemplos [exemplo; padrão]: e estão escritas para a nossa admoestação [avisos; instruções], sobre os quais os fins do mundo têm chegado [os últimos dias]” (1 Coríntios 10:11).
Paulo advertiu os crentes de Corinto: “Portanto, aquele que pensa estar em pé, cuide para que não caia” (1 Coríntios 10:12).
Ser presunçoso no pecado não é apenas tolo, é perigoso! A “queda” mencionada no versículo 12 foi provavelmente a de cair no pecado. Salomão advertiu seu filho sobre o mesmo perigo quando escreveu: “A soberba precede a destruição, e o espírito altivo antes da queda” (Provérbios 16:18).
Provações, problemas e tentações fazem parte da nossa jornada terrena; no entanto, temos a promessa: “Não sobreveio a vocês nenhuma tentação [nenhuma prova ou problema] que não seja comum ao homem: mas Deus é fiel, que não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; mas com a tentação [prova; problema] também fará um caminho de escape [literalmente, para passar por], para que vocês possam suportá-la [suportar]” (1 Coríntios 10:13).
Gerações de crentes já passaram por isso e enfrentaram provas semelhantes. No entanto, esses santos descobriram que podiam confiar em Deus. Ele não prometeu que seríamos poupados das provas; no entanto, Ele nos assegurou que é fiel e que seremos “capazes de suportar” (1 Coríntios 10:13).
Provérbios 3:5–6 - 5Confia no Senhor de todo o teu coração; e não te estribes no teu próprio entendimento. 6Em todos os teus caminhos reconhece-o, e ele endireitará as tuas veredas.
Copyright © 2024 – Travis D. Smith
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